sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

Isostasia



Eis um bom tema para sair em exame de 10º/11º ano. Tem tudo para dar um bom exercício.

(...)Em zonas montanhosas, a erosão rebaixa o relevo entre l m e 1,5 m de material em cada 1000 anos.
A este ritmo, até o monte Evereste teria sido aplanado ao nível do mar em cinco a oito milhões de anos. As coisas, contudo, não são assim tão simples, porque à medida que uma montanha é erodida e as suas encostas se tornam menos íngremes, a taxa de erosão também diminui.

Em parte por esta razão, o monte Evereste e o resto da cordilheira dos Himalaias continuarão a existir (embora de forma reduzida) durante bastante mais tempo do que o sugerido pelas actuais taxas de erosão. Mas, mesmo mais importante é o facto de as montanhas serem um pouco como navios no mar: se tirarmos parte da carga, o navio flutua melhor. Da mesma maneira, quando a erosão elimina material de um cume montanhoso, a crosta «flutua» um pouco mais acima, em relação ao manto.

Se a erosão remover um metro de rocha, a resposta da Terra à redução de peso é uma subida e a diminuição real na elevação é de apenas 20 cm. Por esta razão, uma cadeia montanhosa de grandes dimensões demora provavelmente 50 ou 60 milhões de anos a ser reduzida a uma altura próxima do nível do mar - ainda um período de tempo não particularmente longo, em termos geológicos.

As montanhas Rochosas, os Alpes, os Himalaias, todos acabarão por desaparecer, mas deixarão atrás de si um significativo registo da sua formação, nas rochas que sobreviverem.(...)

(...) O gelo não é uma substância particularmente densa, mas um glaciar com 3 km de espessura acrescenta um peso tremendo à crosta terrestre.

Tal como a remoção de materiais pela erosão em regiões montanhosas faz com que a crosta suba, a adição de peso fá-la descer. As rochas da superfície da Gronelândia Central, actualmente, estão comprimidas aproximadamente até ao nível do mar devido ao peso da calota polar. O gelo tem cerca de um terço da densidade das rochas do manto, pelo que a adição de 3 km de gelo à crosta deveria, como compensação, fazê-la descer cerca de l km para o interior plástico do manto. Na realidade, o efeito pode não ser tão grande, porque o manto, embora flexível, é muito viscoso. As respostas à alteração da massa de gelo glaciário, tanto a descida como a ascensão, são lentas.


Contudo, na Escandinávia, na América do Norte (na zona em redor da baía de Hudson) e noutros locais de grandes acumulações de gelo, a crosta foi bastante comprimida no ponto máximo da espessura de gelo. À medida que o gelo recuava durante o actual período interglaciário, a crosta subiu outra vez, mas devagar.

Em certos locais esta ascensão está ainda em curso. Embora o nível do mar também tenha subido, devido à fusão dos grandes lençóis de gelo, numa parte dos locais a Terra estava a subir ainda mais depressa, e continuou a fazê-lo mesmo depois da desaparição do gelo, daí resultando muitas vezes uma série de praias elevadas, antigos pontos da orla costeira que estão agora bem acima do nível do mar. Tal como outras características glaciarias, estas praias foram bem estudadas, mostrando claramente os locais onde esteve o gelo mais espesso, porque são essas as regiões que foram mais comprimidas e que depois se elevaram mais acentuadamente. Em muitos casos as praias elevadas também foram datadas, usando o método do carbono 14 em pedaços de madeira e outra matéria orgânica que elas continham, e a partir desta informação foi possível calcular a taxa de ascensão. Um exemplo clássico, mostrado na, é o da Escandinávia.

Linhas de praia elevadas e outros indícios mostram que a crosta na Escandinávia recuou substancialmente desde a fusão do gelo do último auge glaciaria. Os contornos mostram a ascensão em metros e ilustram claramente onde a acumulação de gelo era maior. Adaptado da Figura 19-30 de Earth (Terra), 4." edição, de F. Press e R. Siever. W. H. Freeman and Co., 1986.

Utilizou-se praias elevadas e outros acidentes para constituir um perfil da ascensão da crosta desde a fusão do gelo, iniciada há cerca de 10 000 anos e ainda em curso.

Uma História (Breve) do Planeta Terra. J.D MacDougall. Notícias editorial.

Power Point (Tema 3) - Gravimetria





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