sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

Pedra de Roseta



Os meteoritos são verdadeiras "pedras de Roseta", carregadas de informações acerca da história do Sistema Solar.
Embora existam muitas variedades de meteoritos, alguns deles parecem inalterados desde a sua formação, há cerca de 4,5 biliões de anos, mais ou menos quando a Terra se formou.
Na verdade, é provável que sejam praticamente iguais à matéria que se aglutinou para formar o nosso planeta.
Os meteoritos mais antigos, os condritos, julga-se serem fragmentos de matéria da cintura de asteróides que se encontram entre Marte e Júpiter. São compostos, essencialmente, por minerais vulgares nas rochas da Terra, mas também por ferro metálico, muito raro enquanto substância natural na superfície da Terra.
O ferro fundo a uma temperatura mais baixa do que a maioria dos minerais mais vulgares. A maior parte do ferro metálico que foi trazido para a Terra, proveio dos condritos, que durante o processo de acreção, fundiu, mergulhando em direcção ao centro do Planeta e formando o núcleo.
Porque a Terra tem regiões quimicamente diferentes, como o núcleo, o manto e a crosta, e porque apenas conseguimos amostras adequadas da região exterior, determinar a composição química geral do Planeta tem-se revelado uma tarefa difícil.
Os condritos, contudo, podem ser analisados em laboratório. Se eles são realmente representativos da matéria que se acumulou e formou a Terra, então bastará analisá-los para determinar a composição química da Terra - uma possibilidade realmente assombrosa.
Existem provas que os condritos são representativos da matéria solar que deveria ser o constituinte principal da Terra.
Estas provas derivam do estudo do Sol, que, por conter a quase toda a massa do Sistema Solar, é naturalmente a matéria mais abundante nesse sistema. Analisando a luz emitida pelo Sol, obtivemos muita informação acerca da sua composição química.
A quantidade relativa da maioria dos elementos dos condritos é quase exactamente a mesma do Sol (excepção para os gases), uma boa indicação de que estes materiais não sofreram nenhum fraccionamento químico significativo.
Combinando a informação obtida nos meteoritos, com o conhecimento da densidade do interior da Terra, conseguida pelos estudos sísmicos, foi possível não só fazer uma estimativa da composição química geral do Planeta, mas até determinar a constituição de regiões que nunca foram estudadas directamente, como o manto profundo e o núcleo.
Daí poderem ser consideradas verdadeiras "pedras de Roseta".
E o que é a Pedra de Roseta?
Aumenta a tua literacia : Pedra de Roseta.
Fonte utilizada no post :
Uma História (breve) do Planeta Terra - J.D.Macdougall. Notícias editorial

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