terça-feira, 30 de setembro de 2008

Lição nr.7 - As Rochas, arquivos que relatam a história da Terra

"Com uma idade de formação que remonta aproximadamente a 4600 milhões de anos, a Terra sofreu variadas alterações. A sua história encontra-se registada nas rochas e nos fósseis que contêm.

Até um pequeno e simples grão de areia fornece dados para compreender a História da Terra e dos seres vivos que nela habitaram, disponibilizando elementos para a compreensão das possíveis causas de extinção dos dinossáurios."

Desafios. Edições ASA



Depois de um capítulo onde foram abordados conteúdos relacionados com os subsistemas que formam a Terra e a sua interacção, introduzo agora um outro tema, as rochas, constituintes da Geosfera. Neste subsistema da Geosfera, um ciclo permite ao aluno compreender a importância da Dinâmica Interna e Externa do nosso planeta - o Ciclo das Rochas.

Com a nossa situação-problema como "fio condutor", a extinção dos Dinossáurios está registada no livro de pedra, que conta a nossa saga.

Powerpoint utilizado na aula

sábado, 27 de setembro de 2008

Lição nr. 6 - Sistemas em Interacção

Exemplos de Interacções

O estudo do mundo natural faz-se concretamente a partir dos quatro subsistemas da Terra e das suas interacções, considerando as transmissões de matéria e energia, bem como a sua influência na vida quotidiana do Homem e do ambiente em geral.





O Sistema Terra depende das Interacções entre os vários subsistemas ( atmosfera, hidrosfera, geosfera, biosfera e criosfera )

Biosfera - Geosfera

As plantas terrestres captam do solo grande parte dos nutrientes. Muitos dos produtos resultantes da decomposição de cadáveres e restos de seres vivos ficam integrados na geosfera. Os seres vivos contribuem para a alteração das rochas.





Hidrosfera - Biosfera

As águas são poluídas por acção do Homem. Parte da água do ciclo hidrológico está retida nos seres vivos, cuja constituição é maioritariamente água. As plantas, para realizarem a fotossíntese, necessitam de água.





No final deste capítulo o que há a reter?

  • Um sistema pode ser definido como um conjunto de elementos que estão interdependentes. ´
  • Os sistemas podem ser isolados (não há trocas de energia nem de matéria com o exterior), fechados (apenas existem trocas de energia com o exterior) e abertos (há trocas de energia e matéria com o exterior).
  • A Terra é considerada um sistema fechado, uma vez que recebe e emite radiações, e é desprezável a quantidade de matéria que troca com o espaço, quando comparada com a sua massa total.
  • Sendo um sistema fechado os recursos do nosso planeta são esgotáveis.
  • A Terra inclui quatro subsistemas: a atmosfera, a biosfera, a geosfera e a hidrosfera.
  • Os subsistemas terrestres estão em contínua interacção (exemplo: o ciclo da água), pelo que a perturbação de um deles pode afectar todos os outros.
  • Um exemplo da interacção entre todos os subsistemas terrestres é o clima. As suas alterações é podem ser catastróficas para o Homem, como o foram no passado para outras espécies.
  • A contínua monitorização das alterações globais e a investigação científica podem evitar perdas humanas e materiais, assim como fornecer linhas orientadoras para as políticas de preservação e a protecção ambiental.

quinta-feira, 25 de setembro de 2008

Lição nr. 5 - Aula Prática

Aula Prática

Introdução Teórica

Classificação das Águas Naturais

As águas podem ser classificadas em:

Água mineral natural - a água de circulação subterrânea, considerada bacteriologicamente própria, com características físico-químicas estáveis na origem, dentro da gama de flutuações naturais, de que podem eventualmente resultar efeitos favoráveis à saúde e que se distingue da água de beber comum:



  • Pela sua pureza original

  • Pela sua composição específica, caracterizada pelo teor de substâncias minerais, oligoelementos ou outros constituintes.

Água mineral natural efervescente - a água que liberta espontaneamente e de forma perceptível gás carbónico nas condições normais de temperatura e de pressão, quer na origem quer após engarrafamento, repartindo-se em três categorias:

i) Água mineral natural gasosa - a água cujo teor em gás carbónico proveniente do aquífero após decantação eventual e engarrafamento é o mesmo que à saída da captação, tendo em conta, se for caso disso, a reincorporação de uma quantidade de gás proveniente do mesmo aquífero equivalente ao de gás libertado durante estas operações e sob reserva das tolerâncias técnicas usuais;

ii) Água mineral natural reforçada com gás carbónico natural - a água cujo teor em gás carbónico proveniente do mesmo aquífero, após decantação eventual e engarrafamento, é superior ao verificado à saída da captação;

iii) Água mineral natural gaseificada - a água que foi objecto de uma adição de gás carbónico de outra origem que não seja o aquífero donde esta água provém;

Água de nascente - a água subterrânea, considerada bacteriologicamente própria, com características físico-químicas que a tornam adequada para consumo humano no seu estado natural.

Outras águas destinadas ao consumo humano – ao contrário das águas minerais naturais e das águas de nascente, nestas não é necessário proceder à identificação da captação, não requerem um estado natural e pureza original, não têm de ser de circulação subterrânea, não têm de ser embaladas no local de captação e podem ser sujeitas a tratamentos químicos, sendo permitido o uso de alguns aditivos.

É de referir que não é possível encontrar duas águas iguais. Contudo, algumas assemelham-se entre si no seu teor total de sais minerais, o que permite o seu agrupamento em quatro grandes tipos:

Muito pouco mineralizadas ou hipossalinas – quando o total de sais dissolvidos, expresso em resíduo fixo, não ultrapassa os 50mg/L.
Fracamente mineralizadas ou pouco mineralizadas – quando a mineralização total se situa entre 50 a 100mg/L.
Mesossalinas – a mineralização total situa-se entre 500 a 1500mg/L.
Ricas em sais minerais ou hipersalinas – quando a mineralização total é superior a 1500mg/L.


http://mulher.sapo.pt/articles/actualidade/dossier_da_agua/744989.html


Powerpoint utilizado na aula





Localização das principais nascentes em Portugal Continental



Dureza da água


A dureza da água é dada pela quantidade de sais alcalinos-terrosos que contém, principalmente cálcio e magnésio.


Poderá ser dividida em dois tipos: dureza permanente, provocada pelos sulfatos, fosfatos e outros sais de cálcio e magnésio; e dureza temporária, provocada pelos bicarbonatos de cálcio e magnésio. A soma destes dois tipos de dureza dá-nos a dureza total.


Habitualmente, consideram-se águas macias aquelas cuja dureza (expressa em mg de carbonato de cálcio por litro) é inferior a 75 mg e duras as que têm valores de dureza superiores.


Há, no entanto, águas naturais duras consideradas satisfatórias para consumo humano (VMA = 500 mg/l), embora inconvenientes para operações de lavagem, uma vez que precipitam os tensoactivos de sódio e potássio. Calcula-se que 10 mg/l de CaCO3 provocam o desperdício de 190 gramas de sabão puro, por cada metro cúbico de água.



Outro inconveniente de uma água demasiado dura é a incrustação dos iões carbonato e hidrogenocarbonato nos permutadores de calor (em casa, este fenómeno nota-se especialmente nas máquinas de lavar e caldeiras de aquecimento).



Para contornar este problema, e falando especialmente de empresas têxteis, onde o consumo de água é elevado, foi necessário estabelecerem-se em zonas onde a água é considerada macia, principalmente no Vale do Ave (Braga, Guimarães e Famalicão).


No entanto, é necessário por vezes proceder a algumas correcções da dureza: poderá ser feita através da adição de cal (método mais barato) ou através do uso de resinas permutadoras de iões, que os sequestram, impedindo desta forma a sua deposição nas canalizações e nas máquinas. Em casa, é vulgar o uso de Calgon, constituindo essencialmente por EDTA (ácido etilenodiaminatetracético), o sequestrante mais utilizado e eficiente hoje em dia.



De acordo com o regulamento do SIDVA (Sistema Integrado de Despoluição do Vale do Ave), os valores máximos admissíveis para a dureza de uma água para a indústria têxtil são de 70 mg/l.









Norte de Portugal - águas macias (solos graníticos)
Região de Lisboa - águas médias
região de Leiria e Sul de Portugal - águas duras (solos calcários)


Águas Duras




  • não são as melhores para consumo doméstico


  • não dissolvem bem o sabão (normalmente até se tem a sensação que os detergentes não são tão bons nessas zonas)


  • têm sabor desagradável


  • causam mais facilmente depósitos de calcário nas canaizações e nas máquinas (como a de lavar a roupa)


Importância dos processos de precipitação na Geosfera:






Estalactites e Estalagmites - formações geológicas que se observam nas grutas calcárias - resultam da precipitação lenta de Carbonato de Cálcio.


As águas das regiões calcárias são designadas por águas duras. Estas, quando aquecidas, deixam um depósito branco, devido aos iões de cálcio presentes em percentagem elevada nestas águas que precipitam sob a forma de carbonato de cálcio.














Conchas e Corais - Depósitos de calcário

Esclarecimentos da avaliação da componente prática da disciplina


A componente prática da disciplina tem um peso na nota final de período de 30%. Durante o período vão ser realizados seis trabalhos práticos com o peso de 10 pontos cada um. Numa "linguagem" simples, as aulas práticas no final do período valem 6 valores da nota final, tendo esta um peso de 12 valores no quediz respeito aos testes de avaliação e de dois valores em competências tais como trabalho e postura na sala de aula. Estes pesos foram explicados aos alunos na primeira aula, e informados os encarregados de educação através da assinatura de tomada de conhecimento da folha dos critérios entregue aos alunos. A tabela fornecida pode ser consultada no post da lição nr. 1.

Quanto à avaliação dos relatórios, pode ser compreendida através da seguinte tabela:



Material utilizado na aula prática





























quarta-feira, 24 de setembro de 2008

Lição nr. 4 - Sistema Terra (Geosfera, Atmosfera, Hidrosfera, Biosfera)




Algumas questões importantes colocadas na aula


Questão 1

Com o aumento da temperatura da Terra, o gelo de muitos glaciares e das calotes polares pode entrar em processo de fusão. De que modo este degelo pode afectar a vida do Homem e de outros seres vivos?

A resposta deve incluir os seguintes itens :

a) o degelo dos glaciares pode alterar o regime das correntes marítimas:

b) pode fazer subir o nível da água do mar;

c) alterar o clima à escala global;

Alguns artigos que permitem compreender esta resposta:


a) Corrente do Golfo















1. As correntes de superfície carregam a água quente e salgada dos trópicos.

2. A água fria dos pólos desce ao fundo do oceano.

3. Esta água fria volta ao equador, formando, assim, um ciclo contínuo: dos pólos ao equador a água é fria e pesada, e do equador aos pólos, ela é quente e superficial. Por esse processo, a Corrente do Golfo aquece o norte da Europa.

4. A água proveniente do derretimento do gelo dilui a água quente e salgada vinda dos trópicos.

5. A água se torna menos densa e não afunda rapidamente, prejudicando o ciclo e, conseqüentemente, a Corrente do Golfo. Mudanças dramáticas de temperatura aconteceram no passado, grande parte delas devido a transformações na maioria das correntes marinhas.

Um "ciclo contínuo" do oceano ajuda a transportar calor ao redor do globo pelos movimentos profundos e de superfície da água. Cientistas estão analisando se o aquecimento global poderia diminuir ou acabar com esse ciclo - um fator considerado de "baixa probabilidade, mas de grande impacto".

Isso poderia interromper a maioria das correntes de superfície, movidas pelo vento, como a Corrente do Golfo.
http://www.bbc.co.uk/portuguese/especial/1126_clima/page5.shtml


b) Subida do nível da água do mar


A subida do nível do mar e o degelo dos pólos podem ser fenómenos bem mais graves do que se previa, de acordo com os oceanógrafos da agência espacial norte-americana, NASA.Um ano antes da revolução industrial, no século XVIII, o aumento do nível do mar ocorria à razão de um milímetro por ano. Agora, dois séculos mais tarde, esse aumento é três vezes superior, ou seja, três milímetros por ano. Segundo os especialistas, este fenómeno é provocado pela combinação de aquecimento global do planeta, degelo das calotes polares e longos ciclos de alteração natural dos níveis do mar.

http://ultimahora.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1287993&idCanal=13



Questão 2


O dióxido de carbono é um componente da atmosfera utilizado por parte da biosfera e parte da geosfera. Explique o significado da afirmação anterior.


Resposta:

Deve referir que:

a) o dióxido de carbono é utilizado no processo fotossintético das plantas;

b) é mobilizado para fazer parte de algumas rochas carbonatadas (calcários) que por processos químicos quer através da intervenção de seres vivos. Exemplo : corais e estromatólitos (cianobactérias)


Questão 3


Formule uma hipótese que tente explicar o contributo das primeiras algas azuis-esverdeadas (primeiros seres fotossintéticos) para a variação de composição da atmosfera terrestre.

Deve ser referido, que estas algas permitiram o aparecimento de oxigénio e a diminuição da quantidade de dióxido de carbono na atmosfera.



segunda-feira, 22 de setembro de 2008

Lição nr. 3 - Sistema Terra



A Terra e os seus subsistemas em interacção Sistema é um conjunto organizado de elementos em interacção. Esses elementos incluem matéria e energia. Quando se verificam alterações de matéria e energia o sistema diz-se dinâmico.

Um sistema é aberto quando ocorrem trocas de matéria e energia com o meio; é fechado quando apenas há trocas de energia, não se verificando trocas de matéria.

A Terra constitui um sistema dinâmico, no qual ocorrem trocas de energia com o exterior, mas cujas trocas de matéria não são significativas. Considera-se, por isso, um sistema fechado.

As fontes de energia do sistema Terra são a energia solar incidente e a energia interna.


O sistema Terra é constituído por subsistemas que interagem uns com os outros de um modo definido e previsível.


Esses subsistemas são:

- A geosfera, constituída pela massa sólida da Terra.

- A atmosfera, invólucro gasoso que rodeia a Terra.

- A hidrosfera, massa total de água líquida à superfície do planeta.

- A biosfera, que inclui todos os seres vivos.

- A criosfera, constituída pelas massas de gelo.


O ciclo da água é um exemplo da interacção entre os vários subsistemas da Terra.


Uma alteração num dos subsistemas causa, necessariamente, uma alteração no sistema global, pelo que o estudo da Terra como sistema é importante na compreensão e previsão dessas alterações.









sexta-feira, 19 de setembro de 2008

Lição nr. 2 - Situação Problema




Situação-problema: Entre as diversas questões que, nos últimos anos, têm suscitado o interesse dos geólogos e que, em simultâneo, têm sido alvo de uma grande divulgação em termos mediáticos, encontra-se a da extinção dos dinossauros, problema para o qual têm vindo a ser propostos diferentes modelos explicativos.



Através da introdução desta questão como fio condutor da Unidade l, pretende-se rever uma série de conceitos adquiridos anteriormente e, ao mesmo tempo, corrigir algumas concepções erradas que, sobre este assunto, se têm desenvolvido devido às abordagens sensacionalistas que frequentemente têm sido feitas. Deve ser destacado o facto de existir mais do que um modelo explicativo para a sua extinção, aproveitando-se a oportunidade para colocar em evidência o processo de construção do conhecimento científico.


Página do Site (link)


Powerpoint 1




Powerpoint 2






Pasta dos documentos para Download










Vídeo com as diferentes hipóteses da Extinção dos Dinossáurios (versão em inglês)

quarta-feira, 17 de setembro de 2008

Aula de Apresentação

No início.....




Powerpoint 1








Powerpoint 2 - Temas de Geologia


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Os sempre importantes critérios de avaliação


Um muito bom ambiente de trabalho em perspectiva . Uma turma de alunos interessados em escutar.