quarta-feira, 22 de abril de 2009

sábado, 18 de abril de 2009

Xarope de Ácer

Teoria da Pressão radicular e a gastronomia canadiana...

Por falar em exsudação, resina, látex e ... xarope de Ácer .


No continente norte-americano, sobretudo no Canadá, é vulgar a utilização do processo de exsudação de seiva vegetal na produção de guloseimas e xaropes para pequenos e graúdos.

Também temos alma na boca. Uma das experiências matinais que mais me marcou foi um pequeno-almoço "à americana".

NÃO ! Nem pensem! Estão a imaginar hamburgeres, ovos estrelados, coca-cola, num bar de autoestrada americana ao som de Neil Young? Errado. Bom fique o último, o Neil Young, tudo o resto é errado. Vejamos a ementa : "Panquecas de mirtilo com xarope de ácer à americana". Divinal. Sobretudo a um domingo de manhã.

Protocolo

Trabalho para um grupo de 4 pessoas, mas se ninguém quiser vestir a bata eu depois como todas no fim. Tempo previsto : 10 minutos. Para degustar : ah... isso vai com calma (sou alentejano).

Material

200 gramas de farinha. 2 colheres de sopa de açúcar em pó. 2 ovos grandes ligeiramente batidos. 250 ml de leite. 100 ml de leite. 25gr de manteiga derretida. 200gr de mirtilo. xarope de ácer para servir.

Procedimentos

Misture a farinha, o sal e o açúcar. bata os ovos, o leitelho, o leite e a manteiga para criar massa para fritar. Não bata demasiado. Aqueça uma frigideira e, com uma concha, coloque a massa. Salpique alguns mirtilos. Quando começarem a surgir bolhas na superfície, após 1 a 2 minutos, vire as panquecas e cozinhe durante um minuto do outro lado. Retire e mantenha-as quentes. Repita o procedimento, com o resto da massa, em seguida sirva as panquecas com xarope de ácer em abundância.


¨Xarope de Ácer ou xarope de bordo, conhecido como maple syrup e sirop d’érable nos Estados Unidos e no Canadá é um xarope extraído da seiva de árvores do género Acer, sobretudo Acer nigrum e Acer saccharum, cujo nome comum é bordo.
¨No Canada, o xarope de bordo é muito consumido e existem casas especializadas nas receitas com o xarope chamadas Cabane à sucre(Cabana do Açúcar).

sexta-feira, 17 de abril de 2009

Adaptação das Plantas ao meio terrestre


O Reino Plantae engloba um vasto conjunto de seres vivos que apresentam uma grande variedade de formas e complexidade. As plantas, juntamente com os animais, englobam os seres vivos que apresentam maior complexidade e maior sucesso na adaptação ao meio terrestre.

As plantas, ao longo dos tempos, foram adquirindo um conjunto de características que lhes permitiram uma maior capacidade de adaptação ao meio terrestre, que passou, simul­taneamente, pela aquisição de maior complexidade.




As plantas resultam da evolução das algas verdes (Clorófitas) que, embora armazenando amido, possuindo clorofila a, clorofila b, carotenóides e paredes celulares de composição celulósica como as plantas, não apresentam diferenciação de tecidos, pelo que o seu corpo é um talo, além de não serem todas multicelulares. As plantas mais simples, tal como os seus mais directos ancestrais, são extremamente simples, não conseguindo desprender-se totalmente da água. As Briófitas constituem, por isso, as plantas mais simples, que, tal como as algas, ainda não apresentam uma verdadeira diferenciação de tecidos nem possuem vasos vasculares que lhes permitiriam uma maior independência da água.

A evolução das plantas passou então pelos seguintes passos:


• Aquisição de vasos vasculares
• Aquisição de semente
• Aquisição de flor

A adaptação das plantas ao meio terrestre, naturalmente, também passou pela aquisi­ção de características ou estruturas que as impediam de perder água ou lhes permitiam um maior aproveitamento desta. As características que permitiram um novo meio de vida às plantas foram:

Aquisição de um sistema de tecidos condutores (feixes vasculares), que lhes permi­tiu uma maior absorção de água e sais minerais e o seu transporte até aos locais onde eram necessários.

Aquisição de tecidos de suporte a envolver os tecidos condutores, o que permitiu um mais eficiente transporte de seivas.

Aquisição de uma camada impermeabilizante de cutina nas folhas e caules, que lhes evitou a perda de água por transpiração.

Aquisição de estomas nas folhas, o que lhes permitiu um controlo das trocas gaso­sas entre a planta e o meio.

Aquisição de sementes, que com os seus constituintes protegem o embrião da des­secação e o nutrem.

Aquisição de flor, que permitiu uma polinização cruzada, efectuada através dos insectos, introduzindo uma maior variabilidade genética.


Reconstituição de uma Floresta da Era Paleozóica

Bibiografia : Biologia 12º - Guias de Estudo, 2º Volume. Porto Editora

sábado, 11 de abril de 2009

Quimiossíntese




  • A quimiossíntese é o mecanismo através do qual alguns seres vivos conseguem produzir o seu próprio alimento (compostos orgânicos) usando para o efeito a energia que obtêm resultante da oxidação de substâncias inorgânicas, nomeadamente, o amoníaco (NH3),o sulfureto de hidrogénio (H2S).Como fonte de carbono podem utilizar o CO2.
  • A quimiossíntese pode ser dividida em duas fases: a fase de produção de ATP e NADPH - da oxidação dos substratos químicos resultam electrões e iões H+,que vão reduzir o NADP+ a NADPH e sintetizar ATP - e o ciclo das pentoses, recorrendo ao NADPH e ao ATP formados anteriormente, produzem-se compostos orgânicos.
  • A fotossíntese e a quimiossíntese são a base de produção de matéria da Biosfera.

Página do Site



Fontes Hidrotermais

Os fundos oceânicos encerram ainda muitos segredos, que só agora se começam a desvendar. É o caso das fontes hidrotermais e das incríveis formas de vida que fazem delas o seu habitat.

O mais surpreendente ecossistema das grandes profundidades é, sem dúvida, o ecossistema ligado às fontes hidrotermais, não só pela exuberância quantitativa dos organismos que fazem deste o seu habitat, mas também pelas suas características.

As fontes hidrotermais localizam-se nas zonas de rifte na planície oceânica, onde se regista um vulcanismo activo. Foram realizadas inúmeras descobertas associadas a estes centros de actividade, que estão a mudar significativamente a nossa compreensão sobre a vida nos fundos marinhos, permitindo compreender como é que depósitos minerais ricos em metais se formam através da reacção química entre a água do mar e a crosta terrestre.





As fontes hidrotermais foram observadas directamente, pela primeira vez, em 1977, quando uma equipa de geólogos, a estudara zona de rifte das Galápagos, descobriu vários organismos vivos a 3 km de profundidade. Densos agregados de mexilhões, vermes tubulares gigantes e caranguejos foram encontrados em pequenas áreas, onde se observava a existência daquilo a que viriam a chamar-se cha­minés, emanando água quente.

Nas fontes hidrotermais a temperatura da água pode exceder os 100 °C, contrastando com a tem­peratura das zonas abissais, que é em média 2 °C. As fontes hidrotermais são o resultado da circulação da água do mar pelas fissuras existentes na nova crosta terrestre, à medida que esta se forma nas zonas de rifte. Ao circular através destas fissuras, a água do mar aquece a cerca de 350 °C, dando origem a uma complexa série de reacções químicas. O sulfato (SO42-), terceiro ião mais abundante dissolvido na água do mar, quando aquecido, reage com a água formando sulfureto de hidrogénio (H2S), o qual, embora tóxico para a maioria dos animais, desempenha um papel central nos processos subsequentes, à medi­da que a água quente emerge das chaminés.

Nos povoamentos hidrotermais a produção primária é assegurada por bactérias quimiossintéticas, que obtêm a energia necessária para a fixação do CO2 a partir da oxidação dos sulfuretos (e em parti­cular do H2S) presentes nos fumos emergentes.

As bactérias desempenham, neste ecossistema, um papel primordial. Invertebrados como os mexi­lhões e outros bivalves usam-nas como fonte alimentar, enquanto outras espécies estabelecem com estas bactérias relações de simbiose.


A distribuição dos organismos em torno das emanações de fumos hidrotermais vai obedecer às exi­gências térmicas de cada um deles, seguindo um gradiente de temperatura. Algumas espécies distri­buem-se entre os 12 °C e 3 °C, por exemplo, enquanto outras suportam temperaturas mais elevadas.
O organismo mais característico do ecossistema hidrotermal é um animal vermiforme e tubícola, de grandes dimensões, o vestimentífero Riftia pachyptila, que forma densos agregados. Na parte anterior do corpo apresenta um órgão guarnecido de finas lamelas e corado de vermelho intenso. Não possui nem boca nem tubo digestivo, intervindo na sua nutrição bactérias simbiontes.
Próximo das emanações hidrotermais, a altas temperaturas, podem ser encontrados anelídeos poliquetas: os vermes de Pompeia (Alvinella pompejano e A. caudata), que vivem em tubos flexíveis, justa­postos e em quantidade considerável. São os mais termófilos de todos os organismos associados ao hidrotermismo e suportam temperaturas compreendidas entre os 20 e os 40 °C.
Outro traço dominante, em termos quantitativos, é conferido por densas populações do molusco bivalve Calyptogena magnifica, o maior de todos os bivalves conhecido (26 cm comprimento).
A fauna móvel é sobretudo constituída pelo caranguejo Bythograea thermidon e por numerosas galateas (Munidopsis). Entre os peixes, o mais abundante é o zoarcídeo Thermarces cerberus.


A forma como se inicia a colonização das comunidades das fontes hidrotermais é, no entanto, ainda um mistério, uma vez que a distância entre as várias comunidades é normalmente de centenas de qui­lómetros.

Adaptado de http://www.naturlink.pt/









A descoberta recente das comunidades hidrotermais veio criar novos conceitos biogeográficos, como o de arquipélago hidrotermal, com base na proporção de endemismos, acompanhada pela exis­tência de um número considerável de fósseis vivos, que poderá ser relacionada com a idade da fonte hidrotermal.




























sexta-feira, 3 de abril de 2009