sábado, 31 de janeiro de 2009

Resumo da Matéria de Geologia 10º ano


Resposta à pergunta da semana :



A classificação deste item tem em consideração aspectos de conteúdo, de organização lógico-
-temática e de utilização de linguagem científica.


A resposta contempla os seguintes tópicos:


• num episódio efusivo, ocorre a formação de escoadas de lava, que fluem lentamente a partir das
chaminés, possibilitando a evacuação atempada das populações / o controlo da direcção do fluxo;


• quando, no decurso de uma erupção de carácter explosivo, ocorre a formação de nuvens
ardentes, estas deslocam-se a uma velocidade muito grande, de forma não controlável;


• quando se formam nuvens ardentes, a possibilidade de ocorrência de perturbações que alterem
o estado de segurança das populações é significativamente maior do que quando as erupções
consistem fundamentalmente em escoadas.

Ciclo do Enxofre e acção de microrganismos na produção de Pirite




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domingo, 25 de janeiro de 2009

Ondas S no núcleo da Terra



A propagação de ondas S no núcleo interno também apoia a hipótese de esta zona da geosfera se encontrar no estado sólido, dado que estas ondas apenas se propagam nes­tes meios.



Assim, a 5150 km de profundidade, parte da energia das ondas P refractar-se-á, para o núcleo interno, sob a forma de ondas S, Estas ondas são de muito fraca amplitude, o que sempre dificultou a sua identificação nos sismogramas.



Contudo, Emile Okal e Yves Cansi publicaram, em 1998, um artigo no qual referem a identificação destas ondas no núcleo interno. O estudo destes investigadores baseou-se nos registos de um sismo ocorrido na Indonésia, em 17 de Junho de 1996, de magnitu­de superior a 6. No âmbito do controlo do cumprimento do Tratado de Interdição Completo de Ensaios Nucleares (TICE), o Laboratório de Detecção Geofísica (LDG), de Paris, desenvolveu meios técnicos de registo de ondas características de ensaios nuclea­res, ondas que se caracterizam pela sua baixa amplitude. Foi precisamente esta nova tecnologia utilizada pelo LDG que permitiu identificar a propagação de ondas S no núcleo interno da geosfera.




Nota : A ausência de ondas S directas para além dos 103º de distância angular não significa a ausência de propagação de ondas S no núcleo interno, porque, na descontinuidade de Lehmann (como em qualquer outra), uma onda P pode reflectir-se e/ou refractar-se em ondes P e S.

domingo, 11 de janeiro de 2009

Erupção do vulcão dos Capelinhos - ilha do Faial (1957-1958)

A erupção começou em 27 de Setembro de 1957, tendo sido precedida de uma série de abalos sísmicos.


A actividade iniciou-se numa chaminé submarina, junto à ponta dos Capelinhos.

Houve explosões violentas com emissões de vapor de água e gases, que em coluna se erguiam a 200 m de altura, e ainda de produtos sólidos, areias e cinzas que se foram acumulando e formaram uma ilhota. O vento forte cobriu as casas e culturas de uma espessa camada de cinzas.
No dia 16 de Dezembro cessou temporariamente a actividade explosiva do vulcão, tendo-se iniciado uma fase efusiva com sete repuxos de lava de cor vermelho-alaranjada. Para o lado norte constituiu-se uma torrente de lava com cerca de 50 m de largura, que foi cobrindo o cone de cinzas, até atingir o mar.

Nos meses seguintes as erupções assumiram ora o tipo efusivo, com repuxos de lava e explosões, ora o tipo fortemente explosivo, com emissão de materiais sólidos, nomeadamente cinzas. Foram projectados milhares de metros cúbicos de materiais sólidos de todas as dimensões: bombas vulcânicas (> 6 cm); lapili (entre 6 cm e 2 mm); cinzas (< 2 mm).

No dia 12 de Maio de 1958 surgiu nova crise de abalos sísmicos, seguida de uma intensa actividade do vulcão, que expelia jactos de lava que atingiram 50 m de altura. O derramamento de lava terminou a 24 de Outubro de 1958, entrando o vulcão numa fase de calma e equilíbrio.