quinta-feira, 25 de setembro de 2008

Lição nr. 5 - Aula Prática

Aula Prática

Introdução Teórica

Classificação das Águas Naturais

As águas podem ser classificadas em:

Água mineral natural - a água de circulação subterrânea, considerada bacteriologicamente própria, com características físico-químicas estáveis na origem, dentro da gama de flutuações naturais, de que podem eventualmente resultar efeitos favoráveis à saúde e que se distingue da água de beber comum:



  • Pela sua pureza original

  • Pela sua composição específica, caracterizada pelo teor de substâncias minerais, oligoelementos ou outros constituintes.

Água mineral natural efervescente - a água que liberta espontaneamente e de forma perceptível gás carbónico nas condições normais de temperatura e de pressão, quer na origem quer após engarrafamento, repartindo-se em três categorias:

i) Água mineral natural gasosa - a água cujo teor em gás carbónico proveniente do aquífero após decantação eventual e engarrafamento é o mesmo que à saída da captação, tendo em conta, se for caso disso, a reincorporação de uma quantidade de gás proveniente do mesmo aquífero equivalente ao de gás libertado durante estas operações e sob reserva das tolerâncias técnicas usuais;

ii) Água mineral natural reforçada com gás carbónico natural - a água cujo teor em gás carbónico proveniente do mesmo aquífero, após decantação eventual e engarrafamento, é superior ao verificado à saída da captação;

iii) Água mineral natural gaseificada - a água que foi objecto de uma adição de gás carbónico de outra origem que não seja o aquífero donde esta água provém;

Água de nascente - a água subterrânea, considerada bacteriologicamente própria, com características físico-químicas que a tornam adequada para consumo humano no seu estado natural.

Outras águas destinadas ao consumo humano – ao contrário das águas minerais naturais e das águas de nascente, nestas não é necessário proceder à identificação da captação, não requerem um estado natural e pureza original, não têm de ser de circulação subterrânea, não têm de ser embaladas no local de captação e podem ser sujeitas a tratamentos químicos, sendo permitido o uso de alguns aditivos.

É de referir que não é possível encontrar duas águas iguais. Contudo, algumas assemelham-se entre si no seu teor total de sais minerais, o que permite o seu agrupamento em quatro grandes tipos:

Muito pouco mineralizadas ou hipossalinas – quando o total de sais dissolvidos, expresso em resíduo fixo, não ultrapassa os 50mg/L.
Fracamente mineralizadas ou pouco mineralizadas – quando a mineralização total se situa entre 50 a 100mg/L.
Mesossalinas – a mineralização total situa-se entre 500 a 1500mg/L.
Ricas em sais minerais ou hipersalinas – quando a mineralização total é superior a 1500mg/L.


http://mulher.sapo.pt/articles/actualidade/dossier_da_agua/744989.html


Powerpoint utilizado na aula





Localização das principais nascentes em Portugal Continental



Dureza da água


A dureza da água é dada pela quantidade de sais alcalinos-terrosos que contém, principalmente cálcio e magnésio.


Poderá ser dividida em dois tipos: dureza permanente, provocada pelos sulfatos, fosfatos e outros sais de cálcio e magnésio; e dureza temporária, provocada pelos bicarbonatos de cálcio e magnésio. A soma destes dois tipos de dureza dá-nos a dureza total.


Habitualmente, consideram-se águas macias aquelas cuja dureza (expressa em mg de carbonato de cálcio por litro) é inferior a 75 mg e duras as que têm valores de dureza superiores.


Há, no entanto, águas naturais duras consideradas satisfatórias para consumo humano (VMA = 500 mg/l), embora inconvenientes para operações de lavagem, uma vez que precipitam os tensoactivos de sódio e potássio. Calcula-se que 10 mg/l de CaCO3 provocam o desperdício de 190 gramas de sabão puro, por cada metro cúbico de água.



Outro inconveniente de uma água demasiado dura é a incrustação dos iões carbonato e hidrogenocarbonato nos permutadores de calor (em casa, este fenómeno nota-se especialmente nas máquinas de lavar e caldeiras de aquecimento).



Para contornar este problema, e falando especialmente de empresas têxteis, onde o consumo de água é elevado, foi necessário estabelecerem-se em zonas onde a água é considerada macia, principalmente no Vale do Ave (Braga, Guimarães e Famalicão).


No entanto, é necessário por vezes proceder a algumas correcções da dureza: poderá ser feita através da adição de cal (método mais barato) ou através do uso de resinas permutadoras de iões, que os sequestram, impedindo desta forma a sua deposição nas canalizações e nas máquinas. Em casa, é vulgar o uso de Calgon, constituindo essencialmente por EDTA (ácido etilenodiaminatetracético), o sequestrante mais utilizado e eficiente hoje em dia.



De acordo com o regulamento do SIDVA (Sistema Integrado de Despoluição do Vale do Ave), os valores máximos admissíveis para a dureza de uma água para a indústria têxtil são de 70 mg/l.









Norte de Portugal - águas macias (solos graníticos)
Região de Lisboa - águas médias
região de Leiria e Sul de Portugal - águas duras (solos calcários)


Águas Duras




  • não são as melhores para consumo doméstico


  • não dissolvem bem o sabão (normalmente até se tem a sensação que os detergentes não são tão bons nessas zonas)


  • têm sabor desagradável


  • causam mais facilmente depósitos de calcário nas canaizações e nas máquinas (como a de lavar a roupa)


Importância dos processos de precipitação na Geosfera:






Estalactites e Estalagmites - formações geológicas que se observam nas grutas calcárias - resultam da precipitação lenta de Carbonato de Cálcio.


As águas das regiões calcárias são designadas por águas duras. Estas, quando aquecidas, deixam um depósito branco, devido aos iões de cálcio presentes em percentagem elevada nestas águas que precipitam sob a forma de carbonato de cálcio.














Conchas e Corais - Depósitos de calcário

Esclarecimentos da avaliação da componente prática da disciplina


A componente prática da disciplina tem um peso na nota final de período de 30%. Durante o período vão ser realizados seis trabalhos práticos com o peso de 10 pontos cada um. Numa "linguagem" simples, as aulas práticas no final do período valem 6 valores da nota final, tendo esta um peso de 12 valores no quediz respeito aos testes de avaliação e de dois valores em competências tais como trabalho e postura na sala de aula. Estes pesos foram explicados aos alunos na primeira aula, e informados os encarregados de educação através da assinatura de tomada de conhecimento da folha dos critérios entregue aos alunos. A tabela fornecida pode ser consultada no post da lição nr. 1.

Quanto à avaliação dos relatórios, pode ser compreendida através da seguinte tabela:



Material utilizado na aula prática





























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