sábado, 20 de dezembro de 2008
sexta-feira, 12 de dezembro de 2008
Isostasia
Eis um bom tema para sair em exame de 10º/11º ano. Tem tudo para dar um bom exercício.
(...)Em zonas montanhosas, a erosão rebaixa o relevo entre l m e 1,5 m de material em cada 1000 anos.A este ritmo, até o monte Evereste teria sido aplanado ao nível do mar em cinco a oito milhões de anos. As coisas, contudo, não são assim tão simples, porque à medida que uma montanha é erodida e as suas encostas se tornam menos íngremes, a taxa de erosão também diminui.
Em parte por esta razão, o monte Evereste e o resto da cordilheira dos Himalaias continuarão a existir (embora de forma reduzida) durante bastante mais tempo do que o sugerido pelas actuais taxas de erosão. Mas, mesmo mais importante é o facto de as montanhas serem um pouco como navios no mar: se tirarmos parte da carga, o navio flutua melhor. Da mesma maneira, quando a erosão elimina material de um cume montanhoso, a crosta «flutua» um pouco mais acima, em relação ao manto.
Se a erosão remover um metro de rocha, a resposta da Terra à redução de peso é uma subida e a diminuição real na elevação é de apenas 20 cm. Por esta razão, uma cadeia montanhosa de grandes dimensões demora provavelmente 50 ou 60 milhões de anos a ser reduzida a uma altura próxima do nível do mar - ainda um período de tempo não particularmente longo, em termos geológicos.
As montanhas Rochosas, os Alpes, os Himalaias, todos acabarão por desaparecer, mas deixarão atrás de si um significativo registo da sua formação, nas rochas que sobreviverem.(...)
(...) O gelo não é uma substância particularmente densa, mas um glaciar com 3 km de espessura acrescenta um peso tremendo à crosta terrestre.
Tal como a remoção de materiais pela erosão em regiões montanhosas faz com que a crosta suba, a adição de peso fá-la descer. As rochas da superfície da Gronelândia Central, actualmente, estão comprimidas aproximadamente até ao nível do mar devido ao peso da calota polar. O gelo tem cerca de um terço da densidade das rochas do manto, pelo que a adição de 3 km de gelo à crosta deveria, como compensação, fazê-la descer cerca de l km para o interior plástico do manto. Na realidade, o efeito pode não ser tão grande, porque o manto, embora flexível, é muito viscoso. As respostas à alteração da massa de gelo glaciário, tanto a descida como a ascensão, são lentas.
Contudo, na Escandinávia, na América do Norte (na zona em redor da baía de Hudson) e noutros locais de grandes acumulações de gelo, a crosta foi bastante comprimida no ponto máximo da espessura de gelo. À medida que o gelo recuava durante o actual período interglaciário, a crosta subiu outra vez, mas devagar.
Em certos locais esta ascensão está ainda em curso. Embora o nível do mar também tenha subido, devido à fusão dos grandes lençóis de gelo, numa parte dos locais a Terra estava a subir ainda mais depressa, e continuou a fazê-lo mesmo depois da desaparição do gelo, daí resultando muitas vezes uma série de praias elevadas, antigos pontos da orla costeira que estão agora bem acima do nível do mar. Tal como outras características glaciarias, estas praias foram bem estudadas, mostrando claramente os locais onde esteve o gelo mais espesso, porque são essas as regiões que foram mais comprimidas e que depois se elevaram mais acentuadamente. Em muitos casos as praias elevadas também foram datadas, usando o método do carbono 14 em pedaços de madeira e outra matéria orgânica que elas continham, e a partir desta informação foi possível calcular a taxa de ascensão. Um exemplo clássico, mostrado na, é o da Escandinávia.
Linhas de praia elevadas e outros indícios mostram que a crosta na Escandinávia recuou substancialmente desde a fusão do gelo do último auge glaciaria. Os contornos mostram a ascensão em metros e ilustram claramente onde a acumulação de gelo era maior. Adaptado da Figura 19-30 de Earth (Terra), 4." edição, de F. Press e R. Siever. W. H. Freeman and Co., 1986.
Utilizou-se praias elevadas e outros acidentes para constituir um perfil da ascensão da crosta desde a fusão do gelo, iniciada há cerca de 10 000 anos e ainda em curso.
Uma História (Breve) do Planeta Terra. J.D MacDougall. Notícias editorial.
Power Point (Tema 3) - Gravimetria
sexta-feira, 5 de dezembro de 2008
Geosfera - Hidrosfera - Atmosfera - Biosfera
Era uma vez, no Norte da Tanzânia, um lago de fogo chamado Natron (http://pt.wikipedia.org/wiki/Lago_Natron), um dos últimos santuários da Terra, berço da vida de um milhão de flamingos.Neste ambiente hostil e selvagem, mergulhe no coração da extraordinária aventura de um bébé flamingo com um destino fora do comum.Desde a sua nascença até à idade adulta, um périplo incrível espera-o, recheado de perigos, onde o clima e os grandes predadores são obstáculos que será necessário vencer para cumprir o ciclo da vida.Um dos últimos mistérios do nosso Planeta e uma história que só a Natureza nos pode contar...
Realizado por Matthew Aeberhard, Leander WardFilme americano.
Género : Documentário
Ano de produção : 2008
Título original : The Crimson Wing
Distribuído por Walt Disney Studios Motion Pictures France
Pedra de Roseta
quarta-feira, 3 de dezembro de 2008
Tempo
Quando era mais novo (datação relativa), gostava de ouvir o tema "Time" dos Pink Floyd. Sobretudo em dias de chuva e cinzentos. "... The sun is the same in the relative way, but you´re older. Shorter of breath and one day closer to death..."
quinta-feira, 27 de novembro de 2008
Lição nr.18 - O Poder da Terra
É o momento de fazer um balanço das competências que os alunos devem ter adquirido no final dos dois primeiros temas da Geologia 10º. E nada melhor que testar as competências através de um DVD que aborde conteúdos destes dois temas.
O nosso planeta é único no Sistema Solar. Há 4.5 biliões de anos tinha uma gémea chamada Theia. Este planeta foi absorvido pela Terra, provocando um aumento da gravidade e originou a nossa atmosfera. Qual o papel desta atmosfera? A vida na Terra terá sido influenciada por ela, “apimentada” com a quantidade certa de calor solar?
Documento 1
domingo, 23 de novembro de 2008
Origem das Fontes de Energia da Terra
- da radioactividade - deve-se às propriedades radioactivas de certos elementos das rochas que constituem a Terra (como, por exemplo, o urânio, o tório e o potássio); a desintegração atómica destes elementos liberta grandes quantidades de energia;
- do efeito das marés - a posição combinada da Terra, do Sol e dos efeitos das marés da Lua interfere nos campos gravíticos destes astros; na Terra, este efeito origina ciclos alternados de contracções e de dilatações, com consequente libertação de energia;
- do bombardeamento primitivo - durante a fase de acreção, de que resultou a formação da Terra, esta acumulou grandes quantidades de energia no seu interior que, gradualmente, tem vindo a libertar;
- da contracção gravitacional - durante a formação do planeta, os materiais envolventes do núcleo metálico foram atraídos em direcção ao centro da Terra. Esta atracção implicou um aumento da pressão, e consequentemente, um aumento da temperatura. Poder-se-á afirmar que a contracção gravitacional transforma a energia gravítica em energia térmica.
Esta energia alimenta a actividade geológica interna da Terra, manifestando-se através de fenómenos vulcânicos e sísmicos.
Por sua vez, a energia necessária para a actividade geológica externa provém:
- do Sol - esta estrela introduz a energia necessária para "activar" os agentes que modelam a superfície da Terra;
- da actividade vulcânica - em particular o calor que se liberta junto às cristas médio-oceânicas que induz o aquecimento da água do mar que, por sua vez, condiciona o aquecimento da atmosfera e toda uma série de alterações no clima;
- do impactismo - ainda hoje a Terra é bombardeada por corpos vindos do espaço embora, na actualidade, este efeito seja muito reduzido, quando comparado com os primórdios do nosso planeta.
Esta energia contribui para as alterações morfológicas que ocorrem na superfície da Terra, em resultado da erosão, da meteorização e da formação de crateras de impacto.
No actual estado de conhecimentos, Mercúrio e Marte são considerados inactivos do ponto de vista geológico. Vénus apresenta actividade vulcânica e eventualmente sísmica, o que nos pode levar a classificá-lo, como sendo um planeta geologicamente activo.
quinta-feira, 20 de novembro de 2008
Importância dos Meteoritos
Não percebo porque tenho de andar a estudar meteoritos! Poeiras das estrelas! Esta do prof está boa! Ele de facto tem cada uma!
de informações que eles nos podem fornecer no que respeita aos processos que se
passaram na origem do sistema solar e nas fases iniciais da evolução planetária, antes do
registo geológico que está disponível sobre a Terra e nos planetas siliciosos. O carácter
primitivo, pouco ou nada alterado, dos condritos torna-os nas rochas fundamentais para
o estudo do material primordial que formou os planetas e que nestes rapidamente
evoluiu para diferentes fases. Registam ainda evidência de alguns processos astrofísicos
que ocorreram antes da formação do sistema solar.
Os condritos apresentam uma composição próxima da do Sol, o que parece ser
consistente com a ideia de uma origem primitiva (na nébula solar) e inconsistente com o
facto de terem experimentado fusão e fraccionação ígnea.
Os estudos realizados em meteoritos carbonáceos nitidamente que estes meteoritos são amostras do material planetário formadas ao mesmo tempo que o Sol e que nunca sofreram fusões totais.
Um conjunto grande de evidências teóricas (termodinâmicas) e de observação microscópica (mineralógico-texturais) atestam que os condritos se formaram na nébula solar por condensação de um gás de composição solar de acordo com a hipótese nebular actual.
contaminaram a nuvem que veio a dar origem ao Sol e aos planetas.
Podemos dizer que estes diferentes tipos de carbono são marcas da actividade de distintas fontes estelares, verdadeira poeira das estrelas preservada nos meteoritos.
quarta-feira, 19 de novembro de 2008
Lição 17 - Intervenções do Homem nos subsistemas
Powerpoints da aula em versão PDF
quinta-feira, 13 de novembro de 2008
A fragmentação da Pangea e a biodiversidade
quarta-feira, 12 de novembro de 2008
Lição 16 - A Face da Terra - os continentes
A Terra não é apenas o nosso planeta, ela constitui a nossa única possibilidade de vida, ela é a herança para os nossos filhos e netos. A Terra, com a sua atmosfera rica em oxigénio, que nos permite respirar, com a camada de ozono, que nos protege das radiações ultravioletas, com a água, que nos evita a desidratação, e com as suas amenas temperaturas, oferece-nos o que nenhum dos milhares de estrelas, planetas ou outros corpos astrais nos consegue dar - a vida.
Este seria um muito bom motivo para a protegermos e a preservarmos para as gerações futuras. No entanto, diariamente, as agressões à Terra continuam sob as mais variadas formas. A caça ilegal e excessiva continua, as leis de protecção às espécies não são respeitadas, os incêndios espalham-se tão rapidamente, quanto rapidamente se deitam esgotos de todo o tipo para as águas dos rios e oceanos. O Homem delapida rapidamente os recursos minerais e os recursos biológicos, não paran-do para reflectir que, uma vez esgotado um recurso, este não se renova, antes arrasta consigo duas ou três espécies que dele dependem, que conduzirão à extinção de outras espécies/recursos.
A Terra é um sistema fechado, equilibrado, em que os próprios subsistemas se auto-regulam. Ao Homem caberá a função de manter inalterado esse equilíbrio.
Os dois aspectos mais salientes da superfície litosférica são os continentes e os fundos das bacias oceânicas.
Nesta lição vamos explorar os continentes. Link para o site
domingo, 9 de novembro de 2008
Lição 15 - Sistema Terra-Lua
Agora a aula....
Uma ponta solta que ficou por esclarecer, relativamente à importância do estudo dos meteoritos, e que nesta aula vou aproveitar para explorar.
Existem duas possibilidades iniciais para os meteoritos se formarem.
Mecanismo de formação dos meteoritos
• Inicialmente, existia um corpo celeste, que, resultando da acreção de partículas por atracção gravítica, se encontrava indiferenciado. Se este corpo se fragmentasse, os seus fragmentos revelariam essa falta de diferenciação, sendo, por isso, constituídos por um agregado de esferas. Neste caso, os meteoritos formados teriam uma composição rochosa/silicatada e uma textura em côndrulos, isto é, estávamos perante os condritos.
• O corpo indiferenciado continuou a sofrer acreção, a sua temperatura aumentou, ao ponto de ocorrer a fusão dos materiais. Neste momento vai iniciar-se uma diferenciação dos materiais por diferença de densidade. Os materiais mais densos, ferro e níquel, deslocam-se para o centro do corpo, ficando colocados mais externamente os materiais menos densos, os silicatos. Ocorreu a diferenciação deste corpo celeste.
• A sua temperatura começou a baixar, solidificando o corpo do exterior, em contacto com um ambiente mais frio, para o interior. O corpo diferenciado fragmenta-se. Os fragmentos com origem no núcleo, mais denso, têm uma composição à base de ferro e níquel - siderito. Os fragmentos com origem na parte mais externa do corpo diferenciado têm uma composição silicatada/rochosa, mas em que não é visível qualquer estrutura esférica resultante da acreção -acondrito. O meteorito tem origem na parte média do corpo celeste, ou seja, numa área que contém muito ferro e níquel, mas que contém também muito material silicatado - siderólito.
Sistema Terra-Lua, um exemplo paradigmático.
A Lua possui uma variação diária de temperatura que pode ir dos -180 °C aos +120 °C. Esta variação de temperatura pode ocasionar a fracturação das rochas, tal como acontece a um copo que sai do forno e é colocado numa superfície fria. Os fragmentos originados por esta fragmentação térmica podem deslizar pelas encostas lunares, sendo estes os únicos efeitos de alteração da superfície lunar, além dos impactos de meteoritos e seus efeitos. A ausência de alterações geomorfológicas na Lua permite que esta mantenha as características do momento da sua formação. A Terra, ao possuir agentes de erosão, vulcanismo activo, movimentos tectónicos, encontra-se em permanente mutação, pelo que não conseguimos observar as características da Terra primitiva. A Lua, pelo facto de ser contemporânea da Terra e de não ter sofrido alterações, permite-nos obter dados sobre a Terra primitiva.
Uma grande ajuda sobre a composição e a morfologia da Lua foi-nos fornecida pela ida do Homem à Lua, tendo sido possível, nessa altura, a recolha de material lunar.
Powerpoint utilizado na aula (podem consultar mais powerpoints em Slideshare)
Podem consultar os resumos e powerpoint em versão pdf na pasta seguinte.
sexta-feira, 7 de novembro de 2008
Resumo da matéria leccionada, parte 1
Do Sistema Solar fazem parte o Sol (estrela), oito planetas principais, numerosos satélites, asteróides e cometas.
Asteróides são corpos rochosos com formas e dimensões variadas que se localizam, na sua maioria, na cintura de asteróides, entre as órbitas de Marte e Júpiter.
Meteoritos são fragmentos de asteróides ou de cometas que colidem com a superfície da Terra. Quanto à sua constituição e textura podem ser:
- sideritos (férreos);
- siderólitos (pétreo-férreos);
- aerólitos (pétreos).
Estes últimos classificam-se em acondritos e condritos.
Os planetas principais apresentam características que permitem classificá-los em dois grandes grupos:
- planetas telúricos ou rochosos - Mercúrio, Vénus, Terra e Marte;
- planetas gigantes ou gasosos - Júpiter, Saturno, Urano e Neptuno. Plutão não é integrado em nenhum destes grupos.
quarta-feira, 5 de novembro de 2008
Depois da prova de avaliação, começa a espera dos resultados.
sábado, 1 de novembro de 2008
Aula de Dúvidas
Rochas sedimentares: formadas à superfície ou perto dela, a partir de deposições de sedimentos que, posteriormente, experimentam uma evolução, sendo compactados e ligados entre si.
Rochas magmáticas: resultantes da solidificação de magma.
Rochas metamórficas: originadas a partir de rochas preexistentes que experimentam transformações mineralógicas e estruturais, mantendo-se no estado sólido. Essas transformações são devidas a condições de pressão e de temperatura elevadas ou à acção de fluidos de circulação.
Rochas Sedimentares
Ocorrem fundamentalmente duas fases na génese de rochas sedimentares: sedimentogénese e diagénese.
Sedimentogénese: conjunto de processos físicos e químicos que compreendem a elaboração dos materiais que vão constituir as rochas sedimentares, o transporte e a deposição desses materiais.
Erosão: remoção dos materiais previamente alterados das rochas, por agentes erosivos. Os materiais (clastos ou detritos) são transportados.
Sedimentação: deposição desses materiais, que passam a denominar-se por sedimentos. Primeiro depositam-se os detritos mais densos e pesados e depois os menos densos e menos pesados. Se não houver perturbações, a sedimentação realiza-se de forma regular, sendo que os sedimentos formam camadas horizontais, não deformadas – estratos.
Diagénese: conjunto de processos físicos e químicos que intervêm após a sedimentação e pelos quais os sedimentos evoluem para rochas sedimentares coerentes. No decurso da diagénese os sedimentos são compactados, desidratados e cimentados, ficando ligados entre si.
Rochas magmáticas
Rochas magmáticas:
Os magmas formam-se no interior da Terra e são misturas complexas de minerais fundidos, cristais em suspensão, e gases. O magma é menos denso que o ar e que as rochas envolventes, por isso pode, quando sujeito a pressões, movimentar-se, aproximando-se da crosta. Ao fazê-lo, consolida, formando rochas magmáticas.
Rochas magmáticas intrusivas ou plutonitos: rochas resultantes da consolidação do magma no interior da crosta. Apresentam, geralmente, minerais desenvolvidos, identificáveis à vista desarmada, devido ao arrefecimento lento e em profundidade que é propício ao crescimento e desenvolvimento dos cristais. Ex: granito.
Rochas magmáticas extrusivas, vulcânicas ou vulcanitos: rochas resultantes da consolidação do magma à superfície. Os minerais são de pequenas dimensões, podendo existir matéria não cristalizada. Esta textura indica um arrefecimento rápido do magma. Ex: basalto.
Rochas metamórficas
As rochas, em consequência do dinamismo terrestre, podem ser deslocadas para zonas com diferentes condições. Se afundam na crosta, ficam sujeitas a maiores pressões e temperaturas e, por vezes, a um ambiente químico diferente. Embora mantendo o estado sólido, alteram-se. Os principais factores de metamorfismo são a temperatura, a pressão, os fluidos de circulação e o tempo.
A medida do tempo geológico e a idade da Terra
Idade relativa e idade radiométrica
Idade relativa (datação relativa): baseia-se no princípio da sobreposição de estratos e na existência/presença de fósseis de idade em determinadas camadas.
Princípio da sobreposição de estratos: numa série de rochas sedimentares não deformadas, o estrato A que se encontra sobre o estrato B é mais antigo do que este; ou seja, um estrato é mais velho que aqueles que o recobrem e mais novo dos que os que lhe estão subjacentes.
Idade absoluta (datação absoluta/radiométrica): baseia-se na desintegração de isótopos radioactivos que se desintegram espontaneamente. Os isótopos-pai desintegram-se em isótopos-filho mais estáveis. O tempo necessário para que metade dos isótopos-pai de uma rocha se desintegrem em isótopos-filho, denomina-se por semivida.
A Terra, um planeta em mudança
Princípios básicos do raciocínio geológico
Catastrofismo: alterações à superfície da Terra são provocadas por catástrofes ocasionais.
Uniformitarismo: alterações ocorridas à superfície são provocadas por processos naturais, graduais e lentos.
O uniformitarismo pressupõe que: As leis naturais são constantes no espaço e no tempo
- Princípio do actualismo – as causas que provocaram determinados fenómenos no passado são idênticas às que provocam o mesmo tipo de fenómenos no presente
- A maioria das mudanças geológicas é gradual e lenta.
Neocatastrofismo (teoria actualmente aceite): aceita os pressupostos do uniformitarismo, mas atribui também um papel importante aos fenómenos catastróficos como agentes modeladores da superfície terrestre.
Mobilismo geológico
Litosfera: camada mais exterior, rígida, constituída por crosta continental, crosta oceânica e uma parte do manto superior.
Astenosfera: camada sólida mas plástica, constituída por uma parte do manto superior e uma parte do manto inferior.
Tipos de limites das placas litosféricas:
- Limites divergentes: situam-se nas dorsais oceânicas e são zonas onde é gerada nova crosta. Geralmente as dorsais têm um vale central chamado rifte, onde há ascensão de material.
- Limites convergentes: verifica-se a destruição de placas litosféricas. Zonas de subducção: uma placa (a mais densa) afunda sob a outra (menos densa), sendo destruída. (A crosta oceânica mergulha sob a continental)
- Limites conservativos: situam-se no limite de falhas transformantes que cortam transversalmente as dorsais e ao longo das quais não se verifica destruição nem alastramento, mas apenas deslizamento de uma placa em relação à outra.
Ciclo das Rochas
quarta-feira, 29 de outubro de 2008
A Lua
Relativamente à génese da Lua, os dados mais recentes, obtidos pela análise das rochas lunares, conduziram-nos à teoria hoje mais geralmente aceite: a do impacto. Esta teoria supõe que a Terra chocou com um objecto pelo menos tão grande como Marte, tendo-se formado a Lua a partir do material então ejectado da Terra.
A sua proximidade da Terra [em média 384- 4-00 km] fez com que fosse o primeiro objecto da exploração planetária. Foi o primeiro objecto extraterrestre onde pousou uma sonda [a sonda soviética Luna 2, em 1959) e, claro, até ao momento, o único a ser visitado por seres humanos. Foi também o único objecto extraterrestre onde se colheram amostras de solos e rochas (um total de 382 kg), depois trazidas para análise para a Terra, onde, 30 anos depois, continuam a ser estudadas.
segunda-feira, 27 de outubro de 2008
Meteor Crater
Num instante uma abrasadora massa de ferro-níquel com 45 metros de diâmetro e 300 mil toneladas despedaçou o solo arenítico, disparando seixos e ferro fundido num raio de quilómetros. Tudo o que resta actuamente do cataclismo é um precipício com 1,2 quilómetros de largura por 175 metros de profundidade.
Asteróides
Cometas
O Susto - Meteorito cai em horta da Bielorrússia
Um meteorito com meio quilo de peso caiu na horta de uma professora, na aldeia de Krichev, a leste da Bielorrússia, e deixou uma cratera de um metro de profundidade e quarenta centímetros de diâmetro. A professora Yekaterina Privalova estava na horta quando ouviu um barulho ensurdecedor e, assustada, correu para dentro de casa. Depois, segundo a professora, alguma coisa caiu na horta com uma força terrível. Com a ajuda dos vizinhos, a docente extraiu da cratera uma rocha redonda de cor prata opaca e muito quente. O meteorito foi doado ao museu da escola de Krichev.
Público, 13 de Maio de 2002 (adaptado)
Meteoróides
Notícias do Espaço
Agência Espacial Europeia quer lançar satélite para exploração da Terra o mais tardar em Fevereiro
24.10.2008 - 12h28 AFP
O lançamento do satélite europeu Goce, de exploração da Terra, já foi adiado três vezes, desde a data inicial de 10 de Setembro. Hoje, a Agência Espacial Europeia (ESA) anunciou que o lançamento deverá acontecer, o mais tardar, em Fevereiro de 2009.“As causas da anomalia do sistema de orientação e navegação já foram identificadas”, informa a ESA em comunicado, acrescentando que “as alterações necessárias (...) demorarão, no mínimo, dois meses de trabalho suplementares pelo fabricante” de foguetões Rockot.A data exacta do lançamento só será decidida quando as correcções forem testadas e validadas.Pesando uma tonelada, o Goce (Missão de Estudo da Gravidade e da Circulação Oceânica em regime estável) vai estudar o campo de gravidade terrestre e permitir estabelecer uma representação altimétrica da superfície do nosso planeta, com uma resolução e precisão inéditas.Esta será a primeira missão do Programa de Exploração da Terra lançado pela ESA para estudar a atmosfera terrestre, a biosfera, a hidrosfera, a criosfera e o interior do globo.
domingo, 26 de outubro de 2008
Origem da água
Nunca eu pensei beber tanta água! E talvez por tanto beber, achei interessante contar a possível origem deste fluido.
A água é uma das assinaturas do nosso planeta. Do Planeta Azul, do Planeta da Vida.
A vida no nosso planeta evoluiu na água, uma relação de átomos de oxigénio e hidrogénio, que deu origem ao código químico mais importante – H2O.
A hidratação ocorreu a partir dos cometas e de asteróides ricos em água. O berço destes corpos é a Cintura de Kuiper (situada para além de Neptuno) e da Nuvem de Oort, nos confins do Sistema Solar. Os cometas são um dos mais primitivos membros do nosso Universo, e devido ao seu pequeno tamanho e à sua “antiguidade”, não têm sofrido muitas alterações químicas; são “fósseis congelados” de um passado remoto.
Os asteróides são mais numerosos e contêm um pouco de água, apesar da sua constituição ser rica em rocha e metal.
A primeira entrega de água ao nosso planeta parece ter ocorrido há cerca de 4 biliões de anos, através de um intenso bombardeamento de corpos celestes. Este episódio terá sido comum para todos os planetas telúricos. Um destes ataques conhecido, por cataclismo lunar, um período de intenso bombardeamento registado na superfície da Lua.
Os defensores desta teoria referem que muitos destes cometas terão tido origem numa determinada região da nébula solar, algures nas proximidades dos planetas gasosos, Neptuno, Saturno e Júpiter. Possivelmente nesta região poderão ter ocorrido enriquecimentos em seis dos gases nobres, dando origem a diferentes “tipos de águas” e possibilitando assim o aparecimento de vida na Terra.
Físicos, utilizando espectrometria descobriram que os planetas do sistema solar e os cometas apresentam uma assinatura característica para a água. Nas profundezas do espaço alguma da água que se forma, incorpora o isótopo deutério, dando origem ao que se designa “água pesada”. Esta água apesar de ser semelhante em sabor e cheiro, tem um ponto de fusão mais alto e um ponto de solidificação próximo dos 3.8ºC. A Terra apresenta uma razão D/H típica de 1:6600. Têm sido medidas estas assinaturas nos diferentes corpos celestes, através das sondas. Trata-se de um processo simples em termos físico-químicos, mas a sua explicação sai um pouco fora deste meu post, se quiserem explicar num comentário, tenham o prazer, eu agradeço.
Um dos componentes mais intrigantes dos cometas são, os aminoácidos. Estes são os “tijolos” da actividade biológica.
Projectando-se sobre o nosso planeta a velocidade de 120 000 quilómetros por hora, estes “presentes químicos” representaram o nascimento dos oceanos e da nossa própria origem. As propriedades físicas e químicas da água são únicas.
Da próxima vez que pegar num copo de água mineral, talvez seja agradável imaginar que temos na mão um dos primeiros emigrantes do nosso planeta, participando em todos os ciclos, estando presente em todos os subsistemas. Da sua origem misteriosa nos confins do sistema solar, foi esta água que tornou a Terra fecunda de vida.
Para escrever o post utilizei as seguintes fontes:
http://www.finewaters.com
http://www.astronomynotes.com/solarsys/s9.htm
Revista Science & Vie Junior
Lição nr. 14 - Terra e Planetas Telúricos
Os planetas clássicos são corpos celestes que estão em órbita à volta do Sol; têm massa suficiente para que a própria gravidade seja suficiente para que o corpo assuma a forma aproximadamente esférica e que tenha atraído para a sua superfície todos os corpos celestes na vizinhança da sua órbita. Os planetas, segundo as características físicas e químicas que apresentam, podem ser classificados em dois grandes grupos: planetas telúricos e planetas gigantes ou gasosos. Os planetas telúricos são assim chamados devido às semelhanças que apresentam com a Terra. Os planetas gasosos situam-se a grande distância do Sol e possuem grandes dimensões. Em torno da maior parte dos planetas orbitam numerosos corpos, especialmente em torno dos planetas gigantes, que se designam por satélites. A Lua é o único satélite da Terra.
Planetas anões - Segundo a UAI, são corpos celestes que estão em órbita à volta do Sol; têm massa suficiente para que as forças de gravidade lhes permitam assumir a forma esférica, mas, no entanto, não atraíram pequenos corpos celestes na vizinhança à volta da sua órbita e não são satélites. Plutão passa a incluir-se neste grupo, bem como Éris. Plutão deixou de ser considerado planeta pelo facto de não se verificar a terceira condição. Algumas críticas são levantadas já a este critério de classificação, pois não foi completamente definido o que é:
- forma quase esférica;
- eliminação de todos os corpos susceptíveis de se deslocarem nas proximidades.
Nos últimos 35 anos duas revoluções concomitantes ocorreram nas Ciências da Terra, alterando as concepções sobre o modo como se comportam os planetas. Uma foi a tectónica de placas, a outra resultou da visão unificadora proveniente da exploração espacial. Relativamente aos planetas telúricos, apesar das características comuns, foi possível identificar, entre outras, diferenças no que se refere à sua actividade.
Manifestações da actividade geológica
Na Terra, a energia solar é o "motor" que acciona os agentes atmosféricos res-ponsáveis pela meteorização e erosão. A presença de água é, sem dúvida, um dos principais intermediários dessas transformações dos materiais terrestres. Ocasionalmente também a Terra pode experimentar o impacto de corpos de dimensões diversas, responsáveis pela formação de crateras de impacto, muitas vezes com subsequentes fenómenos de magmatismo. A actividade terrestre manifesta-se também de forma mais ou menos violenta pelos sismos, vulcões e movi-mentos das placas tectónicas. Devido a este movimento, a litosfera é reciclada lateralmente, sendo gerada nos limites divergentes e destruída nos limites conver-gentes, o que determina que grande parte da sua superfície, em especial a corres-pondente aos fundos oceânicos, apresente uma idade inferior a 200 M.a.
Os fenómenos vulcânicos e sísmicos, relacionados com a mobilidade da litosfera, são consequentemente intensos. Mercúrio e Marte podem ser considerados planetas geologicamente inactivos. No caso de Mercúrio, grande parte da superfície que o recobre apresenta cerca de 4000 M.a., ou menos, tendo a sua evolução terminado aproximadamente há 3000 M.a. A história de Marte é um pouco mais longa, mas tudo indica que essa evolução terá estacionado há cerca de 2000 M.a. Em todos estes planetas podem ser encontrados vestígios de actividade vulcânica, possivelmente desencadeada pela energia cinética de impactos meteoríticos. O calor desenvolvido teria sido suficiente para originar importantes fenómenos de magmatismo. Relativamente a Vénus, esperava-se que este planeta apresentasse grandes semelhanças com a Terra. É quase do mesmo tamanho e certamente com uma composição semelhante, excepto no que se refere à presença de água e à composição atmosférica. A atmosfera de Vénus é muito mais densa do que a atmosfera terrestre, devido à presença de grande quantidade de CO2. O CO2 é um gás que provoca um efeito de estufa, isto é, a energia solar que penetra na atmosfera venusiana permanece sob a forma de calor, elevando a temperatura a cerca de 430 °C. O vulcanismo domina toda a superfície de Vénus, que apresenta muito poucos sinais de erosão. Os mantos de lava e as numerosas falhas apresentam-se como se se tivessem acabado de formar. Toda a superfície parece ter a mesma idade geológica, aparentemente cerca de 500 M.a. Isto significa que a superfície de Vénus só regista cerca de 10% da sua idade geológica. Em Marte existem vestígios de intensa actividade vulcânica. É neste planeta * que se encontra o maior vulcão de todo o Sistema Solar, o monte Olimpo, com 550 km a 600 km de base e 26 km de altura. Apesar de na actualidade não existir água no estado líquido, a superfície de Marte é sulcada por estruturas geológicas provavelmente originadas por correntes líquidas em tudo semelhantes a uma rede hidrográfica com uma nascente, um sistema de afluentes, meandros, ilhas, etc. Os robots Spirit e Opportunity encontraram inúmeros vestígios da existência de água, no passado, em Marte, como, por exemplo, a ocorrência de sulfatos, nódulos de hematite e outros minerais cuja génese depende da existência de água. Os cientistas admitem, então, que devem ter existido em Marte condições climáticas muito diferentes das actuais. Certamente que no futuro ainda teremos grandes surpresas com os resultados das investigações a levar a cabo no planeta Marte. Algumas das características referidas relativamente aos planetas telúricos, como, por exemplo, a história da evolução climática e a não existência de reciclagem da litosfera, que parece ser feita de modo diferente da que ocorre na Terra, continuam por explicar à luz da teoria nebular. A origem e evolução do Sistema Solar é um assunto que continua em investigação. Certamente outras respostas surgirão e, eventualmente, também novas formas de encarar os problemas.
Em Síntese
- Na Terra, a mobilidade da litosfera determina que grande parte da sua superfície, em especial a correspondente aos fundos oceânicos, apresente uma idade inferior a 200 M.a. Esta mobilidade determina ainda uma grande actividade sísmica e vulcânica.
- Mercúrio e Marte são, na actualidade, planetas geologicamente inactivos: não têm tectónica de placas e a actividade vulcânica que eventualmente possam manifestar relaciona-se com impactos meteoríticos.
- Marte foi activo durante um período bastante longo. A sua actividade manteve-se até há cerca de 2000 M.a.
- Vénus parece ainda activo, com reciclagem na litosfera, mas não da mesma forma que a Terra.
Bibliografia
SILVA, A.D. e outros (2007). Terra, Universo de vida, 10/11º (ano 1). Porto. Porto Editora
terça-feira, 21 de outubro de 2008
Saturno
O sistema solar é constituído por oito planetas principais, por planetas anões, por planetas secundários, cometas, asteróides e por uma estrela que dá o nome ao sistema, o Sol. O nosso sistema solar pertence a uma organização planetária superior, a galáxia Via Láctea ou Estrada de Santiago, uma das muitas galáxias que constituem o Universo.
As dificuldades encontradas no estudo do Universo têm forçado os investigadores espaciais a desenvolver novos materiais, novas formas de ter acesso ao Universo. Os telescópios, que permitem estudar os planetas do sistema solar, as naves espaciais, que permitem transportar pessoas e materiais para o Espaço, as sondas, que permitem recolher dados científicos, as estações espaciais, que permitem um maior tempo de contacto entre pessoas e o espaço onde se encontram, são algumas das tecnologias que se têm vindo a desenvolver ao longo dos últimos anos como forma de aumentarmos os conhecimentos sobre o Universo e, em particular, sobre o sistema solar. A Astrofísica e a Astrogeologia são, por este motivo, duas das ciências que mais têm evoluído nos últimos anos.
http://www.nasa.gov/mp4/269017main_cassini20080814-320new.mp4
Quando andava no nono ano, não perdia ao Sábado à tarde os programas deste grande comunicador de ciência. Nesse tempo apenas existiam dois canais e não havia VHS nem Beta. DVD? talvez só na Voyager!